Duplo sentido

Eu que me fui abandono,
esperança e desespero.
Da pele marcada,
Forjei o duplo sentido.

Por ser, não sendo,
Armado e mortal,
Em tempos de paz,
Feri minha carne
Com a rubra loucura
De ser ironia
Poética e viva.

Da língua afiada,
espada vermelha forjei.
Poema sangrento
De corpo, pele e paixão.

=Dom

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.